“…na crise, quando o assunto for tecnologia, temos que pensar (ou ao menos tentar) o inverso do senso comum e fazer as perguntas certas: quais as tecnologias podem automatizar meus processos, otimizando meu negócio? Quais as oportunidades que a crise apresenta para soluções inovadoras? Que tecnologias podem abrir novas possibilidades de negócio?”
Por: Felipe Marra em Quinta, de 18 de Fevereiro de 2016. Publicado em: Artigos e Notícias
Texto na íntegra:
“O mantra corporativo em época de crise econômica é corte de gastos. Simples assim: quando chega a crise, chegam juntos os programas de redução de gastos com os mais variados e pomposos nomes (adequação de gastos, otimização de custos e por aí vai…). Não muito raro, os programas, em nome da sobrevivência, asfixiam as corporações matando o futuro, através de cortes de investimentos, que paradoxalmente trariam as vendas, o faturamento e o crescimento.
Quando observamos este dilema sob o ponto de vista de tecnologia, a questão torna-se mais aguda. Em nome de cortar gastos, deixa-se de investir em inovação, automação e novos processos, que fariam a diferença na competitividade das empresas. Ou seja, sob o pretexto de melhorar a situação financeira hoje, compromete-se a situação financeira futura, relegando as organizações à mediocridade ou à irrelevância.
Um exemplo bastante factível para esclarecer a questão: imagine que uma empresa esteja pensando em cortar o investimento para implantação de um sistema de gestão de serviços e TI (ITSM), afinal de contas, na crise, não é momento de colocar recursos em um sistema de workflow… Porém, ainda podemos imaginar, que o novo sistema possibilitaria disponibilizar, por exemplo, uma interface de autoatendimento para o usuário final e ainda, uma solução de mobilidade para os técnicos de campo, otimizando os processos de atendimento e melhorando a experiência do usuário. Não é difícil imaginar que o novo sistema traria um rápido retorno sobre o investimento.
Portanto, na crise, quando o assunto for tecnologia, temos que pensar (ou ao menos tentar) o inverso do senso comum e fazer as perguntas certas: quais as tecnologias podem automatizar meus processos, otimizando meu negócio? Quais as oportunidades que a crise apresenta para soluções inovadoras? Que tecnologias podem abrir novas possibilidades de negócio? A grande questão, portanto, não deveria ser onde cortar custos para gastar menos (e matar o futuro), mas sim, que projetos de tecnologia devem ser desenvolvidos para gastar menos ou faturar mais (e recriar o futuro).”